“Nem sempre
é fácil. Mas é possível e gratificante transformar uma paixão em negócio.”
É assim que inicia a reportagem no
Boa Chance do jornal O Globo do dia 17/02/2013. Conta a história de três
profissionais que mudaram suas carreiras em busca de sua paixão. Cita uma
psicóloga que tinha um amor pela música mas na hora de fazer o vestibular optou
pela Psicologia. Trabalhou como gerente de RH e há 06 anos retomou a música. A
outra é de um engenheiro de Furnas que foi atrás de seu sonho em trabalhar com
vinho. E por último é a estudante de Desenho Industrial que descobriu seu
talento para ser maquiadora.
Essas histórias me fazem pensar em
algumas questões. Uma é que as preocupações com a escolha não são pertinentes
somente ao período da adolescência, ultrapassam outros momentos da trajetória
do sujeito. Pesquisa realizada pela USP cita que 44,5% dos alunos abandonam o
curso no ensino superior e aponta como principais causas pressões dos pais,
falta de informação da faculdade e sobre o mercado de trabalho.
Outro ponto é que a escolha
profissional pode não ser uma decisão definitiva, pode não ser para vida toda.
Pode-se repensá-la.
Nessas três histórias, dois pontos em
comum. O primeiro de que a decisão não é fácil de ser tomada e o segundo de que
é preciso estudar, pesquisar e se preparar. Falam que mesmo trabalhando com o
que se gosta o caminho não é fácil. É preciso paciência para colher resultados
e suportar as instabilidades que toda profissão atravessa.
E para finalizar transcrevo uma
passagem da fala de cada um:
“Não foi uma decisão fácil, porque eu
saí da minha zona de conforto. E tive dificuldade também para ter apoio das
pessoas mais próximas, não é fácil para os outros entenderem uma decisão
dessas.” (Márcia)
“Estou começando a colher resultados.
Mas é um investimento pesado e uma luta diária. Por mais planejamento que se
faça, tem muitas coisas que você não prevê, outras coisas que você não sabe e
vai aprendendo.” (Luiz Carlos)
“Hoje não existe mais aquela história
de que só médico ou advogado é que ganham dinheiro. É muito possível ser
bem-sucedido fazendo o que se gosta, mas, para isso, é preciso se especializar
e estudar.” (Raphaella)